Fazia tanto tempo, que não sentava aqui e sentia essa paz.
Que pensava sobre os sonhos, sobre os planos.
Fazia tanto tempo, que eu não confessava.
Que não abria o aguarda roupa, e respirava esse ar de coisas novas.
Fazia tanto tempo, que eu não era melhor.

Sabe essa felicidade repentina, sem nome, sem porque, sem razão.
Me pergunto continuamente, se isso vale a pena.
Mas ai... penso que se ela tivesse um nome, seria o seu. se tivesse um porque seria tua existência, se tivesse um razão seria o teu sorriso.
Porque mesmo sozinha, eu sei, tenho certeza, que eu daria tudo de mim por você, eu andaria 500 milhas, só para te ver acordar, olhar essa tua cara de sono e dizer que você é tudo pra mim.



(Eu sei, isso é tão bobamente romântico, mas talvez eu seja um pouco disso, por mais que queira negar. E não tem problema, tem?!)

Estou constantemente errada, fora do caminho, andando sem rumo por ruas que desconheço o nome.
Estou constantemente perdida, falando coisas sem conexão, buscando alguma razão.
Então percebi que estou constantemente não me encaixando em nada, não pertencendo a nada.
Fugindo de tudo.
E isso é meio dramaticamente triste.
Mas não seria, se eu tivesse meu próprio lugar no mundo.

"Não gama em mim que é problema." (funk da pior qualidade)

Isso mesmo, eu sou do tipo de pessoa que não me recomendaria a mim mesma.

Porque nesse barco, todos se afogam, não há salvação.

Eu sinto que já até aprendi a não respirar.

Então, aqui vai minha recomendação, não se apaixone por mim, não há nada aqui que seja permanente. 

Eu estou sempre partindo, mas estou em partes também.

Tudo bem, eu sei, não precisa dizer nada, eu desisto por nós. 

Eu estou aprendendo, aprendendo a deixar as pessoas seguras, a deixa-las.

Só não tenha duvida, eu te amaria, só estou dizendo adeus a um futuro nós, porque eu não tenho nada bom a oferecer.

Tudo que existe aqui dentro é bagunça, fragilidade, insegurança, fraqueza.

E disso nem eu dou conta.

Aliás estou perdida em mim até agora.

(...)

Acho que crescer é não ter medo de ser pequeno em um mundo tão grande.

(...)

Não consigo ler nada, senão te encontro nas palavras.

(...)