Menos drama, mais aceitação [acho]
Tem época que eu estou muito foda-se para o
mundo, o que ele pensa, quer, ou melhor, exige, tem época que eu me sinto mais
livre, mas tem outro tempo que me incomoda, me incomoda esses padrões de
beleza, esses desafios, de sem filtro, sem maquiagem, sem se gordura, sem
estria, sem vida.
Eu não aceito isso, apesar de as vezes me ver
cair nessas armadilhas, bobas, ridículas, esdruxulas [adoro adjetivos, perdão].
Essa semana mesmo fui na academia, para bater
o ponto de todo mês, e eu notei que de repente brotou gente da terra, só pode,
nunca vi aquele lugar tão lotado, e as pessoas se esforçando como se fosse o último
dia de suas vidas [fico abismada com essas coisas]. Mas como aprendi fazendo
engenharia, para que o resultado de um teste seja considerado verdadeiro, você
deve repeti-lo no mínimo 3 vezes, obtendo um saldo compatível com a devida
margem de erro. Fiz isso. Objetivo
investigativo, e um tanto motivacional para correr pelo menos 30 minutos na
esteira [me permita dizer: que aparelho dos infernos].
Ao analisar minha "pesquisa de campo"
[estou me sentindo o Sherlock], lembrei que em breve chegará aquela tão
esperada temporada de roupas curtas, biquínis, festa na piscina, danças loucas,
e blabla. SIM! Começou o #projetoVerão, e tá todo mundo querendo se encaixar.
Mas e ai?
Certo, certo. Acho legal geral indo pra
academia [não, não acho, odeio academia e ainda mais lotada], saindo do
sedentarismo, ficando em forma. Tá, e depois? Chega o inverno e tá todo mundo
de volta ao seu "normal", e fica nesse efeito sanfona, que nem produz
um forrozinho pra gente curtir [beleza, também não gosto de forró, porém o
trocadilho valeu a pena]. E sabe o que é pior? São os motivos, motivos
exibicionista. E nem me venha com essa ladainha de que "eu faço por
mim", se a gente pudesse mesmo, anda de chileno, moletom e uma camisa
qualquer. Todo mundo que ficar bem, seja para o marido ou namorado, ou aquele
cara da faculdade ou do trabalho que ainda não reparou em você, mas você sabe
que tem potencial para conquista-lo, basta dar aquela produzida maior e sumir
com os 10kg a mais que ganhou no inverno.
Bom, até aí acho um ruim aceitável, tipo a
Dilma [não vamos falar de política]. Acho que cada um tem direito de ser o seu
próprio espetáculo, seja como for, mega produção ou curta-metragem. Porém não
creio que vale a pena se matar por isso, digo no sentido literal e figurado.
É aqui que eu queria chegar.
Eu sou mulher também, e acima do peso, mas me
aceito. Porque mulher, entenda isso, existem tantos tipos de beleza, e ser
gorda não quer dizer ser feia, tem tanta menina gostosa por aí, com o menos tipo
físico que eu, você ou aquela sua amiga, vai saber. É tudo questão de
autoestima, de valorizar seu corpo, os pontos fortes, peito, bunda, coxa, sei
lá, cada um tem seus atributos. Não é porque a mídia impõe uma coisa que você
deve segui-la à risca, não é porque no comercial de cerveja os homens estão
babando em minas cujo corpo é mais magrelo que meu dedo, que eles não vão babar
em você também. Basta ter confiança, e se assumir [tipo ser gay]. Tirar do armário
o short curto, a regata, o biquíni, ou a calça colada. Porque tudo que você
precisa para vestir tais coisas é um corpo, e você já tem um. [POR FAVOR, usar
o bom senso e a numeração adequada].
É importante, entender você, seu corpo, suas
predileções.
Lógico, que tem dias que você vai se olhar no
espelho e se sentir um lixo, somos mulheres, e é assim que funcionamos, aceite
o fato, principalmente na TPM [tamo junto], ou quando for comprar uma calça e
nada servir em você, pois é tem horas que parece que só existe modelação 36 [é
um martírio], mas você vai achar uma calça legal que fique bem, tenha perseverança,
e sim os dias de gloria virão. Nesses momentos, tem lembrar que tudo passa.
E, se depois disso, você ainda quiser fazer
alguma dieta maluca, correr 10 mil quilômetros, fazer lipo. Faz, ué, não sou
sua mãe. Vivemos em tese em um país democrático, você tem direito a fazer suas próprias
escolhas sendo elas certas ou erradas. O que eu queria mesmo com esse pequeno
[hahaha] texto, e dizer e tentar te convencer a antes de se mudar, é ACEITAR,
só, sem mais, nem menos.
Beijo da Gorda, procê! :*